quarta-feira, 30 de setembro de 2009

No alvo

É engraçado quando a gente começa a namorar.
Tudo temos vergonha.
Vergonha de comer e ficar aquela alface no dente. Vergonha da roupa, do cabelo, da maquilagem.
Vergonha de não saber política, religião ou economia.
Pois bem. Certa vez eu tive um namoradinho (atentem-se para a conjugação do verbo). Fazíamos pouco tempo de namoro. Alguns raros meses. E como todo começo de namoro, a vergonha aflorava pelos poros.

Enfim, estávamos aqui em casa, conversando coisas que só quem está em começo de namoro conversa (entenda-se: chatice).
Conversa vai, conversa vem. Risos. Olhares tímidos. Mais risos.
Para variar, eu estava num estado gripal. Porque eu acredito que a gripe já faz parte da minha fisiologia.
E todo aquele blá blá blá, quando, começa aquela coceirinha no nariz. Aquela vontade incontrolável de espirrar. Tento segurar. Respiro. Viro a cabeça. Mas não teve jeito.
-" ATCHIMMMMM".
Com os olhos lacrimejantes, meio fechado e meio aberto eu vejo, uma caca, grande e verde e gosmenta e vergonhosa enroscada nos braços desse meu namoradinho. Nessa hora sobe um calor, rubor, dor! Com toda delicadeza eu retiro a caca e sorrio.
Vergonha de alface nos dentes. Isso é para os fracos.

No dia seguinte, estava eu contando o acontecido para uma tia (risos frenéticos), quando ela vira para e mim e diz:
-"Logo que comecei a namorar seu tio, eu estava em um bar com ele e comentei que não estava me sentindo bem do estômago. Ele olha bem nos meus olhos e diz:
-" Você está peidando direito?" Claro, arregalei os olhos e fiquei vermelha, ele então termina:
-" Ué, quem tem cu peida.

Objetividade: Ou você tem, ou você não tem.

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