quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quanto vale meu diploma?

Estou num evento muito legal.
Mais ou menos assim: Oncologia para farmacêuticos e enfermeiros.
Claro que a parte que me toca, são os farmacêuticos.
Palestras e mais palestras. Representantes querendo provar que o medicamento da empresa Marte é infinitamente melhor que o da empresa Plutão.
Sem contar, os representantes de livros. Não entendem um ponto do que se trata aquelas milhares de folhas presa numa capa colorida, estampada com uma fórmula química magnífica. Mas não importa. Comissão é tudo.

Mas confesso que parei pra olhar os livros. 
Um em específico: Farmacêuticos na oncologia clínica.
Coloquei minha mão sobre ele, com esperança de encontrar algo que me despertasse algum interesse.
Sabem, aquele dito: "água mole em pedra dura..."

Foi então que resolvi abrir uma página qualquer, e não é que li um pequeno parágrafo, onde falava sobre um tema que um certo professor sugeriu que eu escrevesse?! Tema esse que nada tem a ver com manipulação de quimioterápicos e terapia de suporte. Por que a única manipulação que me interessa é a de pessoas. As demais, deixo para os colegas.

O Dr, Hugo Teixeira, criador de um blog que recomendo logo ali ao lado, diria que é uma imensa e boa coincidência. Mas como estou no meu blog, escrevendo o meu texto, eu digo que é intervenção divina.
E tenho dito.

Mas o fato é, que botei em dúvida o tal do água mole que fura uma pedra dura.
Até onde o dinheiro nosso de cada mês supera vocação?
Nem todo o Prozac do mundo me faria enganar.
E nem a falsa estabilidade.
Quiçá um ou outro falso incentivo.
Porém, uma coisa que vi e isso vai além do diploma...


sábado, 2 de outubro de 2010

Uma questão publicitária

Sabem, eu resolvi arrumar os meus dentes. De novo!!!!
É a terceira vez que vou metalizar a boca. Terceira e última. Minha paciência têm limites.
Enfim. Fui ao dentista.

Enquanto esperava minha vez, resolvi pegar uma revista. Afinal, informação é muito bem vinda.
Foi então que peguei a Caras e comecei a folhear.
Quanta informação indispensável!

Mas o que me chamou a atenção, foi uma propaganda de uma certa escola de Inglês.
Acreditem vocês, que a frente da foto da escola, havia uma loira, alta, olhos claros, linda e ex - BBB.
Não citarei o nome da cidadã. Por que meu blog é bem famoso. Pode ser que ela leia minha postagem e resolva me processar por calúnia e difamação.
E sendo eu, uma farmacêutica, mal paga, não terei verdinhas para pagar os honorários do advogado.

Mas voltando ao que vi na revista.

Uma loira, alta, olhos claros, linda e ex - BBB, que mal sabe pronunciar o Português, fazendo publicidade pra uma escola de Inglês. 
Uma escola de Inglês!!! Como assim?!
Se até as escolas investem em faces bem moldadas, exigir o que? E de quem?
Pobre escola. Que vende a sua imagem, da imagem de uma cabeça vazia. Bonita, mas vazia.

Virei a página. 

E outra e mais outra. E vi novamente a mesma loira, desta vez "publicitanto" (Guimarães Rosa, não fique bravo comigo, mas eu também gosto de neologismos e a culpa é sua) uma cozinha planejada, bem moldada, arquitetada lindamente, tal como a face da loira.

E não é que os dois combinaram!


domingo, 8 de agosto de 2010

Produtiva Ladainha

Pessoas!
Ô seres estranhos!
Se você fala bom dia e sorri. Vão achar que você está feliz demais. E vão se incomodar com isso.

Se você passa reto, vão te chamar de mal educado.
E se você apenas esboça um sorriso de canto de boca e passa reto, vão achar as duas coisas que citei acima.
Aí você fica churrasqueando a massinha, pra tentar achar um equilíbrio. 
Mas a questão é : Seja como você for, vão falar de você. E talvez não falem bem.

Que seja. 

Ontem eu observei um fato que, eu acreditava ver só em desenhos animados. E também nos desanimados.
Como sempre, ao invés de eu prestar atenção na ocasião em si, eu prestava atenção nas pessoas.
Enquanto o padre recitava sua ladainha, umas trocavam sms. Uns piscavam, querendo garantir o pós missa.
Outros bocejavam. Comentavam sobre o bolo que não cresceu, sobre a roupa que não serviu e sobre a gravidez da vizinha.




E quando eu estava prestes a ficar sabendo quem era o pai do filho da vizinha, eu ouço um barulho mais ou menos assim: Puftz!

Mais que depressa, num movimento totalmente involuntário, minha cabeça se vira.
E, eis que, vejo!
Um homem e um bebê. E eis que, identifico a origem do barulho, estupefata.
Se Zaraustra tivesse me contando, é certo que eu não acreditaria.
E o que eu apenas via nos desenhos, se transformou em realidade.
O homem, cospe na mão e arruma o cabelo do bebê. 


(Momento de silêncio)

Quando será que vou achar o pote de ouro no fim do arco-íris? 

domingo, 16 de maio de 2010

Expressões Faciais

Calma. Isso aqui, não será um simples plágio de Lie To Me.
É que ultimamente eu venho reparado, nas caras e bocas, após determinadas situações.

Na academia por exemplo.
Acho que os músculos da face são os mais trabalhados.
Será que realmente, precisa fazer cara de.. de.. de.. bom, daquilo que a gente faz entre quatro paredes, pra levantar 2 quilinhos?
Acho que não, mas enfim..

Esses dias, a familia se reuniu aqui em casa.
Sabe, mas se reuniu mesmo. Enquanto uns viam a última semana da novela das 8 que começa as 9, outros, batiam papo na cozinha e outros estavam no pc.

No intervalo da novela, e do pc, resolvemos ir para a cozinha. Nos reunirmos.
Pra quem acompanha meu blog, sabe que tenho uma prima de uns 2 anos e alguma coisa.
O pai dela, devo dizer, foi quem me inspirou a postagem de hoje.

Então, enquanto conversámos na cozinha, esta minha prima, assistia desenho na sala.
Papo vai, papo vem... a pequena resolve aparecer na cozinha, segurando um pequenino "objeto", e diz:
-"Papai, olha o que eu tenho aqui!"
O pai dela estica os braços em direção ao objeto, segura-o e diz:
-"Olha filhinha, o que é isso?"
A menina então, com um sorriso maroto, responde:
-"Uma caquinha de nariz, papai!"

E foi então que, eu, finalmente entendi, o que é uma cara de tacho.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Essa menina está doente do pé

Ah!

Como é bom chegar em casa e tirar o tênis.

E como é bom trabalhar de tênis!

É, por que existem mulheres que trabalham de scarpin. Estão elas lá.. firmes e fortes no salto.

Isso por fora. Por que a sensação é como se o coração estivesse pulsando no pé.

Sabe, eu gostaria de entender se a pose está ligada com a qualidade.

Mas ultimamente, eu só quero entender do meu trabalho.

Então, leitores, nao tentem me explicar sobre pose e qualidade. Além do mais, não era disso que eu queria falar.

Estava eu, numa festa, universitária.

Isso, um ano depois de formada, ganhando meu dinheirinho milionário.

Enfim. A festa era uma cervejada. Musica sertaneja mais free que a cerveja.

Reencontrei o pessoal da faculdade. Mas principalmente, reencontrei os meus calouros. Mais especificamente, “o” calouro.

Ai gente. Cervejada é tenso.

As tantas da noite, eu peguei meu copo, e como diria uma amiga, fui com a arte de chegar chegando.

Chegar chegando.

Bom, eu não sei dançar. Essa estória de dois para lá e dois para cá, é mais difícil que aprender japonês em braile. Mas como sou brasileira e não desisto nunca, comecei.

Dois pra lá.. um pra cá.. um pra lá.. meio a 30º a minha esquerda.

No dia seguinte, falando com esse meu calouro, calorosamente no MSN, ele diz:

-“ Nossa Nati, quando voce me disse que não sabia dançar eu não acreditei.

Mas eu vi que a dança não tava indo num ritmo. Ai pensei que estava bêbado.

Mas percebi que, você não dança nada mesmo”.

- É, pra que mentir quando se pode falar a verdade.

sábado, 3 de abril de 2010

Os embalos de uma noite qualquer.

Fuuuuuuuuuuuuuuu

Dando uma assopradinha na poeira!
Eu nem sei por que eu deixo chegar a esse ponto. Sou alérgica a pó.

Sabe, posso até confirmar que, ( e aí eu falo por mim), sou uma mulher de fases. De lua mesmo.
Tem dia, que tudo é lindo. Outros, tudo é cinza. E alguns, e esses me dão medo, está tudo atacado.

É. Atacado. Sabe aqueles dias em que você pensa: " Já que está tudo do avesso, vou extrapolar".
Pois é. Num desses fim de semana, fui a um baile de formatura. Amigos e amigas. Red label e guaraná. Tudo perfeito.

Meus olhinhos apertados. Olhando, procurando, mirando.
Vestidinho e salto alto. Hum. Isso não ia prestar mesmo.

Mas incrível! Nos dias de "atacamento", parece que dá tudo errado. Tudo!
Ninguém te olha. E quando, alguém esbarra em você, pede desculpas e vai embora.
Nisso, já eram tantas da noite. Eu já estava impaciente.
Eis que vejo... Uma possível solução.

Tudo bem que o nível etílico do cidadão estava deveras elevado. Mas eu não estava preocupada com isso.
Fui, como diria uma amiga, perto do rapaz, com aquela arte de chegar chegando.
E.. finalmente, o rapaz e eu começamos a dançar.
Devo admitir também, que na arte de dois para lá, e dois para cá, eu sou terrivelmente péssima.

Mas que seja, o ser estava tão "asséptico", que não lembraria do desastre mesmo.
É. Desastre.
Caos. Tormenta.

Enquanto eu desafiava a gravidade, o cidadão fez, dos meus lindos pés, a pista de dança.

É hora de rever, meus "atacamentos."

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Prodígio

Quando eu era pequenina, a minha alimentação era muito mais saudável!
Vinha leitinho quentinho, direto da teta da vaca. Limãozinho colhido na hora, alface, mandioca...
Mas o que eu mais gostava, que chegava a gozar de tanta felicidade, era aquele milhozinho quentinho e fresquinho da vovó.

E como eu disse logo acima, eu era pequenina. Tinha o meu vocabulário limitado.
Eu não sabia dizer:

-" Vó, tô com vontade de comer milho cozido na panela de pressão"
Não. Eu dizia:
-" Vó, quero milho no pau."

Pois é. Se um psicólogo ler esta postagem dirá que tenho certo desvio para assuntos libidinosos.
O que, claro, não procede.

Mas enfim. Esta semana, para a minha surpresa, a vovó cozinhou milho! Na panela de pressão.
Senti-me pequenina. Ataquei aquele pau, digo, aquele milho voraz.
Não sei se vocês sabem, ó leitores, mas tenho uma priminha, de uns dois anos e alguma coisa.
E ela estava aqui, com seus amados pais. Comendo milho.
E claro, eu, não resisti.
Eu tinha que fazer uma gracinha.

Eis que disse:
-" Você está comendo milho no pau, tatinha?"

Eis que ela me responde:

-" Não Tata, eu estou comendo milho na mesa."

Conclusão: Odeio crianças prodígio.

¬¬

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A arte da comunicação

Admirável!
Arte e tanto. Preciosa. Precisa. Nem tão precisa.
Indispensável. Por vezes, exagerada.
Bonita e cruel. Confusa que só.

Com ela, temos perguntas e respostas. Nem sempre as respostas. Digamos que, na maioria das vezes.

Pessoas que se comunicam demais, nas próprias palavras se perdem.
Quando de menos, abertura para conclusões erradas acontece.

É a arte do medo também.
Aquilo que está encarcerado nas nossas cordas vocais, farão algo muito bom, ou algo nada bom.
As vezes fica tão encarcerado, que acaba nem saindo da cela vocal. Algo bom não acontecerá, e algo ruim, também não.

O dito pelo não dito então, predomina.
O peito aperta. O peito! Que nada tem a ver com voz.
O que a falta dessa arte nos faz!

Nos faz perder. Nos faz ganhar. Não nos faz nada.
E tudo.




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Hora de modernizar

Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu..
Antes de mais nada.. vou dar uma assopradinha no blog para tirar o pó, as teias...
Não se assustem.. limpeza de preguiçoso é assim mesmo!

Mas enfim...

Essa semana, ocorreu um fato engraçado no trabalho. Mas, dessa vez não comigo (Ohhhhhh)!
Estava eu, formosa como sempre.. trabalhando alegre e contente.
Tá, não tão alegre.. e nem tão contente, afinal.. é começo de mês e meu salário farmacêutico já se foi. Mas.. estava eu lá.
Semana corrida. Clínica cheia. O telefone, tocava como uma orquestra. Tudo dentro do normal.
Em frente onde eu estava, havia um senhorzinho com seu acompanhante.
Como sou nova no trabalho, antes de tomar qualquer atitude, eu recorro a superioridade.

Eis, que quando o telefone toca.
-" Fulanaaaaaaaa, você pode atender o telefone, acho que é urgente!"
Eis, que claro.. a Fulana vem correndo. A mesma pega o telefone, e olha para dois bancos.
Acho que nesta hora, o Tico queria o banco esquerdo, e o Teco o direito.

E, como toda superioridade, para manter a paz, decide por.. por.. ou melhor.. pelo.. MEIO!!!
Sim pelo meio!

De repente a clínica inteira ouve um tibumfi e ela, cai de bunda ao chão.
Claro, para manter meu emprego, nenhuma risada. Na hora. He.
Horas mais tarde.. o acompanhante do senhorzinho deixa, para a Fulana, um chocolate, um cartão e um número de telefone.

Pensei, pensei.. que jogar lenço que nada.
O esquema é quebrar uma costela no chão.