quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Tempo, mano velho

       Um belo dia resolvi mudar... fazer tudo o que eu queria fazer... 🎵
Depois de muitos anos afastada deste recinto, começo meu texto com plágio.
E sabem por que? 
       Não faço tudo o que quero, porém mudei. Não por que resolvi. Não decidi mudar. 
O tempo mudou comigo. Mudou em mim. 
Mudou minhas amizades. Aliás, palavra forte essa, prefiro dizer que mudou meu círculo social.
Transformou minha família. Eles são todos iguais, porem mudou a forma como os vejo. Serena. Agradecida.
      Afastou a ânsia daquilo que por hora não tenho governabilidade para alcançar. Eu espero, na luta. 
Mudou meu cabelo. Tenho raros fios grisalhos. Meu corpo não queima as calorias com tanta vontade. Meu sorriso é mais brando, calmo e suave. 
Percebi que dentre todos, eu sou minha melhor companhia. Gosto tanto de estar comigo, que hoje eu sei o real significado de paz de espírito.
      Esse tempo me ajudou a aceitar que os acontecimentos não estão sob a minha vontade, meu bel prazer, e sim sob seus cuidados. 


domingo, 4 de maio de 2014

Gripe sazonal

AAAATCHIM!!!!!!!!


Eu acho que já comecei um texto certa vez no passado com Atchim. Mas agora a temática é diferente. Sou um tanto intolerante às mudanças climáticas.
Elas me abalam fisicamente. Meu nariz se transforma numa pequena cachoeira. Minha voz fica pior que piada de fanho. Meu humor, bem, esse não muda. Independe de qual solstício estamos.
Entretanto nós esperamos que elas aconteçam. Eu espero. Culpa do planeta Terra que resolveu nascer inclinado em relação ao sol. Eu espero ansiosamente o verão. A primavera linda, fina e exuberante. Recuso-me a falar de outono/inverno. Um dos motivos descrevi acima.
Mas são estações esperadas. Repetem-se formosamente em torno de mais ou menos três meses. 

Eu não nasci inclinada. Muito menos translado em torno do sol e no entanto, estou repleta de mudanças.
Comportamentais. Laterais (já que só cresço por essas partes). Emocionais. Pessoais. As pessoas mudam. De ideia, de Estado, de lado, de País, de promessas... e são tantas mutações que Darwin jamais imaginou que seriam capazes de influenciar tanto a seleção natural dos nossos mais íntimos sentimentos.
Mudanças inesperadas que entram, não pedem licença. E somos forçosamente convidados a nos sentar na mesma mesa.

Nos sentamos. Nem sempre a refeição e muto bem digerida, mas a dúvida que paira seria: Se o sol não fosse inclinado teríamos 12 horas de luz seguidos de 12 horas de escuridão e se na nossa existencia, as mutações fossem brandas, nosso entusiamos, vigor, vitalidade... e bla bla bla existiriam?







segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Esporte, escolha o seu

E não é que hoje, dia 5 de setembro de 2011 tem seleção brasileira de futebol na TV. Não é incrível?!
Tem um certo tempo que eu estava querendo escrever sobre o assunto. Só estava esperando o dia perfeito. Hoje!

Aos amantes do futebol: Um dane-se a vocês! Não pelo esporte, por favor, não me interpretem mal. Não é meu esporte favorito, mas ainda sim, é um esporte. Tal como os outros, tiram crianças da rua, tira a tensão daquele dia pesado de trabalho, enfim. 

O que me deixa P da vida, é esse furor, essa paixão (?) desmedida, essa hipervalorizarão financeira, visual, comercial e chata da qual eu e muitos brasileiros que não curte futebol, somos violavelmente entubados.


Um ode ao Rei que está com os bolsos cheios e totalmente vazio aos seus fãs. Um ode aos Ronaldos, aos Patos e aos Gansos. Um ode ao salário milionário do Neymar. Um ode a vergonha dos pênaltis. 

E chega de odes. 

Aos verdadeiros esportistas, aqueles que correm, não atrás de bolas, e sim atrás de patrocínio, atrás de espaço, reconhecimento principalmente financeiro eu deixo aqui a minha admiração e os meus aplausos.   

Aplausos merecidamente a seleção de vôlei, de basquete, de judô, de ginástica e de tantos outros esportes desse acervo de lutadores.
E aqui deixo também meus aplausos aos atletas paraolímpicos. Curvo-me a vocês. 
Antes que eu me esqueça, vocês do hipismo, um ode aos seus cavalos e um boa tarde a vocês. 



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Minha caixinha de jóias

Esses dias eu berrei delicadamente para a mini pentelha da minha prima:
- Não mexa nos meus anéis!!!!
Eis que a micro prodígio responde:
- Mas eu to mexendo nos brincos.

Eu estava na internet, facebookeando, twittando, e convocando os demais inclusos digitais para um bate papo sem importância. Afinal, ultimamente estou meio cheia e vazia de coisas sem importância. 

Continuei. 

E continuei a encher a minha caixola de infortúnios. Sabem né. Estou de férias. E por mais que eu tenha tentado montar um cubo mágico e folheado umas páginas de Moby Dick ( chique não?!), esta massa cinzenta sempre acha tempo livre para se martirizar com o rumo que a vida têm tomado. Rumo tal como carteira de trabalho assinada, porém desvalorizada. Amigos que apesar de serem pra toda vida, estão longe. Outros, casando e outros tendo filhos. 

Então, eu volto a tentar montar o cubo.. A folhear aquele livro da cachalote.. esperando.. alguma coisa, que está parecendo mais difícil que montar o cubo, ou achar a cachalote ou arrumar a minha caixinha de jóias que a prodígio bagunçou!

Bagunçou. E tanto. E demais da conta, diga-se de passagem. Porém deixou nas entrelinhas, que eu insisto em não enxergar, o leque de opções que uma caixa de jóias têm.
Vamos mexer?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Eu estou no meio

Olá! Como estão vocês?
Quantas vezes por dia vocês ouvem essa pergunta?
E quando ouvem, geralmente, é uma pergunta retórica.
Eu admiro a arte da qual as pessoas têm sobre falar de si próprias. 
Por isso, hoje, o post está voltado pra vocês, leitores.
Para saber de vocês. Decidi então, que vou começar por mim.

Minha vida caminha mais ou menos assim: Meio cheia. E meio vazia.
Meio cheia de tédio. De comilanças, de parentes, de trabalho, 
De filmes chatos, seriados e novelas. Sim, novelas.
Meio cheia de inverdades, inconstâncias e indecisões. 
Meio cheia de frustrações. Meio cheia de destilados. Alcoólicos, e venenosos. Meio cheia de querer o que não tenho. E o que tenho, não querer mais.

Em contrapartida, meio vazia.
Meio vazia risadas. De leituras, de vontades, de pessoas. Meio vazia de coisas materiais. Sim, e por que não?! 
Meio vazia de uma crença. De tomar decisões. Meio vazia de mandar alguém ir colher batatas ou plantar bananeiras. 
Meio vazia de elogiar alguém. 
Meio vazia. E meio cheia. Quase uma filial do Yang e Yin. 
Meio cheia e vazia. 


Será que alguém poderia encher meu copo? Ele está meio vazio.

sábado, 8 de janeiro de 2011

E seu telefone irá tocar...


É hoje!!!!
Todo mundo já teve um dia para pronunciar essa pequena frase.
Acordamos, vamos trabalhar. Mas daquele jeito. Corpo presente e nada mais.
Então pensamos (e neste caso para o público feminino): "Saia ou calça? Cabelo preso, semi-preso ou solto? Caso eu vá de calça, será que uso cinto? E se usar cinto, será que devo combinar com a bolsa ou com o sapato?"

É, mulher pensa em tudo. Quer dizer, quase tudo. Quando a emoção dos hormônios vão a presidência, os fatos reais, e que acontecem com grande freqüência na vida, são esquecidos.
Vou explicar. 

No dia anterior...
- Triiiiiiiiirimmmmmm. Triiiiiiiiiiirimmmmmmm.
- Alô?
- Alô, quem fala?
- Oi, aqui é o elemento X.
- Oi... Tudo bem??? ( neste momento: Suspiros)
- Então, eu estou te ligando, por que pensei que amanhã, sexta-feira, poderíamos fazer algo. O que acha?
- Ah, eu acho ótimo! ( hora de pular...  fazer caras e bocas)
- Então, amanhã quando estiver chegando a sua casa, te ligo, pode ser?
- Claro!
- Beijo.
- Beijo.

Claro, que esta também é a hora que você pega o telefone, liga pra melhor amiga, e fica horas e horas contando o que aconteceu. Repetidas vezes.
Bom, chega o tão famigerado dia: O dia seguinte.

A noite vai chegando, e o processo mudança começa. A pele que é pálida, começa a ficar com um tom levemente rosado nas bochechas. O Cabelo, levemente esticado. As unhas, bem lixadas. Nos lábios, gloss.
Não vou me ater a explicar as roupas de baixo. Isso cabe a imaginação de vocês. 
E acreditem, a vossa imaginação está correta.

 Oito horas. nada. Nove horas, nada. Nove e meia, nada. Nove e quarenta e sete:
-Triiiiiirim..... tririiiiiiiiiiim. Claro que também é hora do charminho. Deixa tocar mais um pouco.

...

- Alô?
- Alô? 
- Por favor a senhora N? 
  Imaginem vocês, uma senhorita, ser chamada de senhora. Mas bem.. vamos continuar.
- Quem gostaria?
- E do Bradesco Seguros. 

( Baforadas, de búfalos)

- Olhe, a "senhora" N foi ali fazer um filho e disse que já volta. Posso ajudar em mais alguma coisa.
- Ah, ahn.. Voltarei a ligar. Tu, tu, tu.

Meia noite, nada!

Então, o que resta é ir pra geladeira e pegar aquele suculento "bolo" de chocolate e devorá-lo, tal como se estivéssimos.. Bom, deixa pra lá.

A propósito, essa é aquela típica história: Aconteceu com a amiga de uma amiga minha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quanto vale meu diploma?

Estou num evento muito legal.
Mais ou menos assim: Oncologia para farmacêuticos e enfermeiros.
Claro que a parte que me toca, são os farmacêuticos.
Palestras e mais palestras. Representantes querendo provar que o medicamento da empresa Marte é infinitamente melhor que o da empresa Plutão.
Sem contar, os representantes de livros. Não entendem um ponto do que se trata aquelas milhares de folhas presa numa capa colorida, estampada com uma fórmula química magnífica. Mas não importa. Comissão é tudo.

Mas confesso que parei pra olhar os livros. 
Um em específico: Farmacêuticos na oncologia clínica.
Coloquei minha mão sobre ele, com esperança de encontrar algo que me despertasse algum interesse.
Sabem, aquele dito: "água mole em pedra dura..."

Foi então que resolvi abrir uma página qualquer, e não é que li um pequeno parágrafo, onde falava sobre um tema que um certo professor sugeriu que eu escrevesse?! Tema esse que nada tem a ver com manipulação de quimioterápicos e terapia de suporte. Por que a única manipulação que me interessa é a de pessoas. As demais, deixo para os colegas.

O Dr, Hugo Teixeira, criador de um blog que recomendo logo ali ao lado, diria que é uma imensa e boa coincidência. Mas como estou no meu blog, escrevendo o meu texto, eu digo que é intervenção divina.
E tenho dito.

Mas o fato é, que botei em dúvida o tal do água mole que fura uma pedra dura.
Até onde o dinheiro nosso de cada mês supera vocação?
Nem todo o Prozac do mundo me faria enganar.
E nem a falsa estabilidade.
Quiçá um ou outro falso incentivo.
Porém, uma coisa que vi e isso vai além do diploma...